A crise da Americanas, gigante varejista e uma das marcas mais conhecidas do país, parece não ter fim. Desde o último dia 11/01, o noticiário de economia vem sendo dominado pelo caso. Ali, a empresa anunciou um rombo de R$ 20 bilhões em seus balanços.
Nesta quinta-feira (19/01), um novo episódio do caso das Americanas: um pedido de recuperação judicial. Depois disso, as ações da companhia despencaram e os fundos que investiram em títulos de dívidas da empresa tiveram prejuízo.
Contudo, segundo informa a empresa, a crise não afetará consumidores e consumidoras da rede. Aqui, explicamos os motivos.

O que é recuperação judicial?
A fim de entender a questão, é preciso antes entender o que é um regime de recuperação judicial e como isso afeta a empresa. Basicamente, a empresa procura parar de pagar seus credores, dentre os quais se inclui fornecedores, bancos ou dívidas trabalhistas, até ela se reorganizar.
O objetivo disso seria justamente impedir a falência da empresa. E justamente por conta disso a empresa pode seguir atuando no mercado.

Dito de outro modo: enquanto a empresa estiver em recuperação judicial, as lojas físicas ou virtuais das Americanas poderão continuar funcionando.
Como isso não afetaria os consumidores e consumidoras?
Segundo o Fato Relevante divulgado pelas Americanas ao mercado financeiro (leia aqui, em PDF) a empresa pretende manter suas lojas físicas e virtuais. Para tanto, o regime de recuperação visaria manter a liquidez necessária para que isso aconteça.
Dessa maneira, as lojas, na prática, deverão se manter funcionando. Contudo, como mostra matéria do Tecnoblog, há algumas mudanças como a elevação dos preços no marketplace visando desencorajar as compras, uma vez que têm medo de não as receber.
Cabe lembrar que o marketplace responde por 65% das vendas totais do grupo Americanas. Dessa forma, uma queda nesse segmento pode atrapalhar os planos de retomada da empresa.
Plano de recuperação judicial da Americanas: o que se sabe?
Até o momento, tudo que a Americanas fez foi pedir a recuperação judicial à Justiça. Agora, é preciso esperar que ele seja aceito. Nesse cenário, a empresa terá até 60 dias para apresentar seu plano.
No plano de recuperação judicial, deverá estar detalhado todos os meios para a empresa se recuperar. Assim, deve mostrar a viabilidade e o laudo de avaliação dos bens da companhia.
Assim, nessa outra etapa, será mais viável saber qual é de fato a saúde financeira da empresa.