Foi publicado em julho um estudo de cientistas suecos no Journal of Sexual Medicine. Em pesquisa que entrevistou 3.503 suecos, entre mulheres e homens, constatou-se que 34% das pessoas entrevistadas estão insatisfeitas com a aparência de seus órgãos sexuais.
O estudo ainda faz um apontamento mais específico sobre a razão da insatisfação desses homens e dessas mulheres. Segundo os dados, existe uma ligação direta entre a insatisfação deles com o tamanho do pênis. Geralmente, ao considerá-lo “pequeno”. No caso delas a insatisfação se relaciona ao tamanho dos lábios vaginais, também em relação a serem vistos como pequenos.
O estudo tem o título Does Size Matter? Genital Self-Image, Genital Size, Pornography Use and Openness Toward Cosmetic Genital Surgery in 3503 Swedish Men and Women. Ele pode ser lido na íntegra aqui.

Do total de pessoas entrevistadas no estudo, 3,5% das mulheres e 5,5% dos homens manifestaram uma baixa autoestima significativa em relação aos seus órgãos sexuais. Os dados mostram ainda que cerca de 11% deles e quase 14% delas consideram a ideia de intervenção cirúrgica. No caso, muitos e muitas pensam realizar uma cirurgia para melhorar a aparência do pênis e da vagina.
Segundo o estudo, o grau de satisfação com os genitais não registrou associação direta com o consumo de conteúdo erótico. Contudo, dados obtidos nas entrevistas mostram que 90% dos homens e quase 60% das mulheres disseram que acessaram pornografia nos últimos três meses.
Em seu site, o doutor Jairo Bauer comentou alguns pontos levantados pelo estudo.
O que um estudo como esse pode nos fazer pensar sobre nossa saúde?
Segundo Jairo Bauer, a insatisfação com os órgãos sexuais podem afetar a saúde. Comentando o estudo, Bauer diz que esse tipo de incômodo pode, por exemplo, afetar a autoestima das pessoas.
Um impacto óbvio é em relação à vida sexual. Pessoas insatisfeitas com seus corpos – sobretudo seus órgãos sexuais – tendem a ficar menos à vontade no momento de suas relações. Além disso, se essa sensação for recorrente, há tendência de as pessoas passarem a evitar as mesmas relações.
Estudos como esse e outros apontam ligação entre esse tipo de incômodo com diversos problemas que afetam a vida sexual. Trata-se de situações como ansiedade, dificuldades em ereções, ejaculação e orgasmos, dores com a penetração, dentre outras questões.
A recorrência desses problemas pode também afetar todo o bem estar das pessoas.
Padrões estéticos: existem tamanhos ou formas ideais?
