Nova era da privacidade
O Telegram começou o dia 07/12 divulgando a seus usuários e usuárias uma nova atualização. Eles prometem uma “nova era da privacidade”, segundo blog do segundo aplicativo de mensagens mais usado no Brasil.
Agora, o Telegram acabou com a necessidade de se ter um número de telefone vinculado a um chip de celular (cartão SIM). Agora, será possível acessar o aplicativo usando um dos números hospedados na blockchain da plataforma Fragment.
Porém, nem tudo são boas notícias. O recurso vai exigir a compra do NFT que permitirá usar o telefone. O preço varia conforme a combinação. Segundo o Canal Tech, o mais caro é o +888 8 888, que está no leilão por mais de US$ 58 mil (cerca de R$ 300 mil). Por sua vez, há opções acessíveis, que saem por US$ 38,85 (pouco mais de R$ 200).

A combinação perfil + número, usando esse recurso, será totalmente anônima. Ou seja, não será possível saber a quem pertence o telefone vinculado à conta. Hoje, já existe a opção de ocultar o número telefônico ligado ao Telegram, mas agora a privacidade alcança um novo patamar.
Limitações e privacidade com novos recursos do Telegram
Um problema do novo recurso é que o usuário ou usuária somente poderá usar o número obtido no Fragment no próprio Telegram. Assim sendo, não irá conseguir ligar nem receber chamadas.
O formato de comercialização é semelhante ao usado pelo Telegram quanto a nomes de usuário em NFT.
Na prática, o programa ainda exigirá o número do telefone para o cadastro. Entretanto, não precisará mais usar um que esteja necessariamente vinculado a operadoras de telefonia.
Trata-se de uma medida de segurança para dar mais privacidade. Assim, será possível resguardar ao máximo seu telefone participar. Em termos comerciais, o recurso ainda é importante para o Telegram, que entra de vez no comércio de ativos digitais.
Para passar o contato sem perder o anonimato, basta gerar um QR Code.

Mensagens autodestrutivas
Os novos recursos do Telegram não param por aí. Agora, o aplicativo oferece uma ampliação do recurso das mensagens autodestrutivas. Esse recurso existe desde 2013, mas não havia como definir intervalos regulares para limpar todos os bate-papos existentes.
Agora, isso será possível. Com os novos recursos, existe a possibilidade de programar quais chats podem ser deletados e de quanto em quanto tempo.
Tópicos em grupos com mais de 100 membros
Houve atualizações também tocantes à organização de grupos de Telegram. Atualmente, é possível criar grupos com mais de 200 mil pessoas no aplicativo, e organiza-los muitas vezes é um problema e tanto.
Pensando nisso, o aplicativo criou o recurso dos “tópicos”. Com eles, será possível criar 5 conversas específicas sobre determinado tema. Seria, grosso modo, como criar subgrupos dentro de um grupo.
Um exemplo: num grupo de uma empresa, é possível criar um tópico sobre “reunião na próxima terça-feira”, outro “tarefas para quarta-feira” e “happy hour sexta-feira”. E cada qual terá participação de membros do grupo, mas sempre interagindo no mesmo assunto.

Antes, o recurso só era permitido para grupos com mais de 200 membros. Agora, para grupos com mais de 100.
Para utilizar a novidade, os administradores precisam ativar os tópicos nas configurações do grupo. Depois disso, precisam controlar quem tem permissão para criar e gerenciar tópicos nas permissões.
Combate ao spam
Também para chats com mais de 200 pessoas, será possível combater o spam com uma nova ferramenta mais agressiva. O recurso é automático, não precisando mais ser ativado pelo perfil proprietário do grupo.
Ele possui uma série de filtros para evitar propagandas, anúncios ou mensagens repetidas. Isso vai ser importante sobretudo para grupos muito grandes. Assim, perfis que enviam sempre as mesmas mensagens ou entram somente para divulgar outros grupos poderão sofrer sanções.